O Trevo Imbirussu, um dos principais pontos de ligação entre os bairros Guanandi e Jardim Leblon, em Campo Grande, voltou a operar na terça-feira (11) após 36 dias de interdição. O bloqueio temporário permitiu a execução de obras de requalificação viária orçadas em R$ 9,6 milhões, valor incluído no corredor de transporte coletivo que abrange as avenidas Gunter Hans e Marechal Deodoro. Com a liberação, motoristas e pedestres passam a seguir novas regras de circulação definidas pela Agência Municipal de Transporte e Trânsito (Agetran).
A principal mudança é a eliminação de conversões que antes geravam conflitos. Alguns trechos passaram a funcionar em sentido único, enquanto outros exigem retorno por quadras internas. A Guarda Civil Metropolitana permanecerá no entroncamento nos próximos dias para orientar a população até que o novo traçado seja totalmente assimilado. Equipes da prefeitura ainda executam serviços de sinalização horizontal, implantação de placas, ajustes no pavimento e paisagismo, mas a mobilidade já foi restabelecida.
Segundo o novo ordenamento, quem trafega pela Avenida Marechal Deodoro – no segmento também conhecido como Avenida Brilhante – e precisa acessar a Avenida Manoel da Costa Lima em direção à Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS) deve utilizar o retorno pela Rua Potiguaras, Avenida Cuiabá e Rua Clineu da Costa Moraes. A conversão direta à esquerda, que antes ocorria no próprio trevo, deixa de ser autorizada, reduzindo a interferência sobre o fluxo principal.
Outra alteração envolve condutores que seguem pela Avenida Marechal Deodoro no sentido Bandeirantes e desejam entrar no Jardim Leblon. Nessa situação, o trajeto recomendado agora passa pela Rua Tabatinga, seguindo até a Manoel da Costa Lima após completar o laço de quadra indicado pela nova sinalização. A conversão à esquerda próxima ao corredor de ônibus foi suprimida com o objetivo de minimizar pontos de risco e aumentar a segurança.
De acordo com o diretor de trânsito da Agetran, Ciro Ferreira, as mudanças estruturais transformaram o desenho original do trevo. Vias que operavam em mão dupla se tornaram de sentido único, e interseções consideradas críticas foram reconfiguradas. Ele reforça que o sucesso da intervenção depende da observância às placas, semáforos e orientações dos agentes, pois a etapa inicial costuma concentrar dúvidas entre os usuários.
No entorno, comerciantes e moradores relatam que aguardavam a reestruturação há vários anos. Proprietários de estabelecimentos avaliavam o antigo traçado como defasado, com registros frequentes de congestionamentos e manobras perigosas. Após a conclusão da primeira fase, a expectativa local é de tráfego mais fluido, redução de ocorrências e fortalecimento das atividades econômicas, já que o trevo funciona como porta de entrada para diversos bairros da região sul da capital sul-matogrossense.
O investimento destinado ao Trevo Imbirussu integra a modernização do corredor de transporte coletivo das avenidas Gunter Hans e Marechal Deodoro, projeto que inclui novo pavimento, semaforização sincronizada e adequações para veículos de grande porte. Outras etapas seguem em execução ao longo das duas vias, contemplando paradas de ônibus, alargamento de faixas e implantação de dispositivos de acessibilidade.
Ainda no âmbito da obra, a prefeitura informou que os serviços de jardinagem devem ser concluídos nas próximas semanas, com plantio de espécies de pequeno porte nas ilhas centrais e recomposição de calçadas. A sinalização definitiva horizontal será aplicada após o período de cura do asfalto, garantindo maior durabilidade da tinta reflexiva.
Enquanto isso, a Guarda Civil Metropolitana deve permanecer no local em horários de pico para orientar motoristas sobre os novos percursos e coibir infrações. O órgão recomenda reduzir a velocidade ao aproximar-se do trevo e observar com atenção as setas indicativas de faixas exclusivas, retornos e proibições de manobra.
Com a liberação do Trevo Imbirussu, o sistema viário da região volta a operar sem desvios temporários. As autoridades municipais reforçam que o cronograma do corredor de transporte segue dentro do previsto e que intervenções futuras serão comunicadas com antecedência para minimizar transtornos.








