Um capotamento mobilizou equipes de emergência na madrugada de domingo, 7 de julho, em Três Lagoas (MS). O acidente ocorreu no cruzamento das avenidas João Tomes e Rosário Congro, no bairro Quinta da Lagoa, envolvendo um Fiat Mobi e um micro-ônibus que se deslocava sem passageiros.
De acordo com o boletim de ocorrência registrado na Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário (Depac), o Fiat Mobi seguia no sentido Sul pela avenida João Tomes. No momento em que o motorista avançou sobre a avenida Rosário Congro, o veículo foi atingido pelo coletivo, que trafegava no sentido Leste.
O semáforo do local estava operando em modo intermitente, com luz amarela piscante, condição comum durante a madrugada de domingo. A configuração exige atenção redobrada dos condutores, que devem reduzir a velocidade e assegurar prioridade de passagem apenas quando a manobra for segura.
No depoimento prestado à Polícia Civil, o condutor do Mobi relatou ter avistado o micro-ônibus aproximando-se do cruzamento. Segundo ele, a expectativa era de que a motorista do coletivo diminuísse a marcha, possibilitando sua travessia. A condutora do micro-ônibus afirmou ter interpretado de forma semelhante a atitude do outro motorista, acreditando que ele iria aguardar a passagem do veículo maior.
O entendimento equivocado de ambos resultou na colisão transversal. O impacto foi suficiente para fazer o carro de passeio capotar, parando com as rodas voltadas para cima no meio da via. A estrutura do micro-ônibus sofreu avarias na parte frontal, mas permaneceu em posição normal.
Dentro do Fiat Mobi havia duas pessoas. O motorista sofreu escoriações em braços e pernas, além de queixas de dor na região cervical. O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) prestou os primeiros cuidados ainda no local e, em seguida, encaminhou o ferido à Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Três Lagoas para avaliação detalhada.
A passageira que ocupava o banco dianteiro escapou sem ferimentos. Após ser avaliada pelos socorristas, ela optou por dispensar encaminhamento médico, permanecendo no local para prestar informações às autoridades responsáveis pelo registro do acidente.
A motorista do micro-ônibus não sofreu lesões. Em seu relato, explicou que o veículo estava vazio e estava sendo levado ao pátio da empresa responsável pelo transporte coletivo para pernoite. Ela permaneceu no local, colaborou com as equipes de fiscalização e apresentou a documentação obrigatória.
Além do Samu, a ocorrência contou com a presença do Pelotão de Trânsito (Peltran) do 2º Batalhão da Polícia Militar. Os militares isolaram a área, sinalizaram o trecho para evitar novos incidentes e organizaram o fluxo de veículos até a retirada completa do automóvel capotado.
Uma equipe de levantamento de dados do Peltran realizou medição de distâncias, registrou marcas de frenagem e coletou outros indícios para embasar o inquérito sobre as circunstâncias exatas do evento. As informações serão anexadas ao procedimento que tramita na unidade policial competente.
Os agentes tiveram de aguardar o trabalho de um guincho particular para desvirar o Fiat Mobi e removê-lo da pista. Somente após essa operação a via foi totalmente liberada para o tráfego regular, pouco antes do amanhecer.
O boletim de ocorrência foi classificado como colisão com vítima de lesão corporal culposa na direção de veículo automotor. A Polícia Civil ouvirá novamente os envolvidos, se necessário, e poderá requisitar imagens de câmeras de segurança de imóveis próximos para confirmar as versões apresentadas.
Conforme dados preliminares colhidos no local, não havia sinais de consumo de álcool por parte dos condutores. Testes de etilômetro não foram realizados porque não existia indício flagrante de embriaguez, mas os motoristas ficaram cientes de que podem ser convocados para exames complementares caso surjam dúvidas no decorrer da investigação.
A dinâmica inicial aponta que ambos os envolvidos deixaram de adotar a cautela recomendada para cruzamentos submetidos a sinalização intermitente, situação em que a preferência não é delimitada por luzes vermelhas ou verdes, mas sim pela regra de avançar apenas quando for seguro. O laudo pericial definirá se houve velocidade acima do permitido ou outra infração que tenha contribuído para o desfecho.
Até o fechamento desta reportagem, o motorista do Fiat Mobi permanecia em observação na UPA, sem indicação de lesões graves. A passageira e a condutora do micro-ônibus não necessitaram de atendimento adicional. O trânsito na região do bairro Quinta da Lagoa fluía normalmente nas primeiras horas da manhã de domingo.








