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Mato Grosso do Sul é 2º em geração de energia por biomassa no MS

geração de energia por biomassa no MS
geração de energia por biomassa no MS

Mato Grosso do Sul (MS) se destacou recentemente ao alcançar a segunda posição no ranking nacional de geração de energia elétrica a partir de biomassa. Com uma capacidade instalada de 2.439 megawatts (MW), o estado superou Minas Gerais e se posicionou atrás apenas de São Paulo, que lidera com 6.995 MW. Essa evolução foi impulsionada pela operação de novas usinas térmicas, que utilizam resíduos florestais e subprodutos do processamento de madeira.

Avanços na Geração de Energia por Biomassa

A geração de energia por biomassa em Mato Grosso do Sul foi impulsionada pela entrada em operação de duas novas usinas térmicas. A usina de Sidrolândia, por exemplo, utiliza resíduos florestais para gerar 53,1 MW, enquanto a unidade de Ribas do Rio Pardo produz 384 MW a partir do licor negro, um subproduto do processamento da madeira. Essas iniciativas têm contribuído significativamente para o aumento da capacidade de geração de energia no estado.

O crescimento da geração de energia por biomassa é resultado da expansão do setor de bioenergia. Grandes empreendimentos voltados à produção de etanol, celulose e energia a partir de resíduos têm sido instalados. Além disso, o governo estadual implementou políticas de incentivo, como a isenção de ICMS para microgeração e a eliminação da cobrança de compensação ambiental em projetos de energia limpa. Essas medidas visam atrair investimentos e reduzir custos no setor.

Impactos Econômicos e Ambientais

Em 2024, Mato Grosso do Sul registrou uma capacidade total instalada de 9.843 MW, representando um aumento de 11% em relação ao ano anterior. Desse total, 94,1% são provenientes de fontes renováveis. A diversificação da matriz elétrica é acompanhada por um monitoramento técnico das iniciativas em curso, com foco na ampliação da participação das energias renováveis.

O setor sucroenergético também teve um desempenho notável, com a produção de biocombustível alcançando 4,2 bilhões de litros de etanol na safra agrícola 2024/2025. Apesar de uma queda de 5,1% na moagem de cana-de-açúcar, o volume de etanol produzido cresceu 10% em relação ao ciclo anterior. Essa evolução é atribuída ao aumento da produção de etanol de milho, que representou 37% do total produzido no estado.

Além dos impactos produtivos, a cadeia de bioenergia é responsável por aproximadamente 30 mil empregos diretos em Mato Grosso do Sul. Todas as usinas do estado são certificadas pelo programa RenovaBio, que incentiva a descarbonização por meio de biocombustíveis. Entre 2020 e 2024, o setor evitou a emissão de cerca de 13,7 milhões de toneladas de dióxido de carbono, equivalente ao plantio de 89 milhões de árvores.

Portanto, a geração de energia por biomassa em Mato Grosso do Sul não apenas contribui para a matriz energética do estado, mas também gera impactos positivos na economia e no meio ambiente. A combinação de políticas de incentivo e a diversificação da produção têm se mostrado eficazes, posicionando o estado como um polo de bioenergia no Brasil.