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Homem é preso em Itamarati após confessar assassinato com machadinha e enterro da vítima em plantação

Um homem de 41 anos foi preso no distrito de Itamarati, em Ponta Porã (MS), depois de admitir à Polícia Civil que matou Antônio Gilson Oissa e ocultou o corpo em uma área de lavoura na zona rural da região. A prisão ocorreu após a localização de um cadáver em avançado estado de decomposição em 3 de novembro, data em que as autoridades iniciaram a investigação que levou à identificação da vítima e do suspeito.

Na ocasião, equipes da Seção de Investigações Gerais da 1ª Delegacia de Polícia Civil de Ponta Porã foram acionadas para verificar a denúncia de um corpo enterrado em uma cova rasa entre plantações. No local, os agentes coletaram vestígios que indicavam a existência de um homicídio recente. Materiais biológicos e objetos encontrados próximos ao ponto onde o cadáver foi sepultado auxiliaram na reconstrução dos fatos e na determinação preliminar de quem poderia estar envolvido.

Os exames periciais realizados pelo Instituto de Criminalística confirmaram que o corpo era de Antônio Gilson Oissa, morador da região. A identificação permitiu que os investigadores concentrassem esforços na busca por pessoas que tivessem contato frequente com a vítima ou que pudessem ter tido algum conflito recente com ela. Depoimentos colhidos nos dias seguintes reforçaram a hipótese de crime motivado por desentendimento.

Com apoio da Polícia Militar de Itamarati, a equipe da Polícia Civil reuniu indícios que apontaram para E.C.Q., de 41 anos, como suspeito de ter cometido o homicídio. Entre esses elementos, estavam relatos de testemunhas sobre discussões anteriores entre o investigado e a vítima, além de dados obtidos a partir de vestígios encontrados no local onde o corpo foi enterrado.

Diante das provas, o delegado responsável solicitou a prisão temporária do suspeito. O pedido foi analisado e deferido pelo Poder Judiciário, permitindo que os policiais cumprissem o mandado na residência de E.C.Q. O homem foi conduzido à delegacia para interrogatório, ocasião em que confirmou sua participação no crime.

No depoimento, o suspeito relatou que ele e Antônio Gilson discutiram antes do homicídio. Segundo a confissão, E.C.Q. atingiu a vítima com vários golpes de machadinha na cabeça, provocando a morte imediata. Em seguida, arrastou o corpo até uma área de plantação próxima, cavou uma cova rasa e cobriu o cadáver com terra na tentativa de ocultar o crime.

Os investigadores localizaram a arma mencionada pelo suspeito, que passará por perícia para confirmar a compatibilidade com as lesões encontradas no corpo de Antônio Gilson Oissa. Além disso, roupas e calçados apreendidos na casa do preso serão analisados para identificar possíveis vestígios de sangue ou outros materiais biológicos.

A Polícia Civil informou que as diligências prosseguem com o objetivo de esclarecer todos os detalhes do homicídio. Os agentes buscam confirmar a motivação exata do desentendimento, verificar se houve participação de terceiros e apurar a cronologia completa dos fatos desde o momento da discussão até o enterro do corpo.

Enquanto a investigação segue em andamento, E.C.Q. permanece à disposição da Justiça em regime de prisão temporária. Dependendo da evolução do inquérito, a autoridade policial poderá solicitar a conversão da medida em prisão preventiva para garantir a continuidade das apurações e a segurança do processo.

O caso será encaminhado ao Ministério Público quando a fase investigatória for concluída. Se denunciado, o suspeito poderá responder por homicídio qualificado, devido às circunstâncias do crime, e por ocultação de cadáver, conforme descreve a legislação penal brasileira.

A Polícia Civil reforça que qualquer informação adicional sobre o caso pode ser repassada de forma sigilosa às linhas de denúncia disponíveis, contribuindo para o esclarecimento completo das circunstâncias que levaram à morte de Antônio Gilson Oissa.