Nesta terça-feira (22), o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, anunciou que ordenou a abertura de um novo inquérito da Polícia Federal para aprofundar as investigações sobre o assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes. O crime, que ocorreu em março de 2018, ainda não teve conclusão sobre os mandantes e as motivações.
Dino afirmou em suas redes sociais que a medida tem o objetivo de contribuir com a elucidação dos crimes, que chocaram o país e geraram clamor por justiça. Ele também compartilhou imagens da portaria do Setor de Inteligência da Polícia Federal no Rio de Janeiro, que designa o delegado Guilhermo de Paula Machado Catramby como responsável pelo caso e instaura o novo inquérito.
Investigações da Polícia Civil e do Ministério Público apontaram autores dos disparos
Os autores dos disparos que mataram Marielle e Anderson foram apontados pelas investigações da Polícia Civil e do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro. O sargento reformado e expulso da Polícia Militar do Rio de Janeiro, Ronnie Lessa, foi identificado como o autor dos disparos, com colaboração do ex-policial militar Élcio Queiroz.
Lessa e Queiroz estão presos preventivamente desde 2019 e respondem pelos crimes de duplo homicídio triplamente qualificado (motivo torpe, emboscada e recurso que dificultou a defesa da vítima) e pela tentativa de homicídio contra uma assessora de Marielle, que também estava no veículo e sobreviveu.
Novo inquérito deve apurar todas as circunstâncias do crime
A portaria que instaura o novo inquérito determina que as investigações apurem todas as circunstâncias que envolvem os crimes, ampliando a colaboração com as investigações já realizadas. O objetivo é buscar novas evidências e informações que possam contribuir para a solução do caso, especialmente em relação aos possíveis mandantes e motivações do crime. O novo delegado responsável pelo caso, Guilhermo de Paula Machado Catramby, será o encarregado de conduzir as investigações.