O Governo de Mato Grosso do Sul já destinou mais de R$ 200 milhões a tecnologias e melhorias de infraestrutura para as forças de segurança pública desde 2023, com foco especial no enfrentamento da criminalidade virtual.
A aplicação dos recursos foi destacada nesta terça-feira (4), na abertura do Summit Nacional de Investigação Criminal Tecnológica, realizado no Bioparque Pantanal, em Campo Grande. O encontro reúne autoridades do Judiciário, investigação e inteligência digital de todo o país para discutir desafios relacionados à prova digital — qualquer dado eletrônico capaz de servir como evidência em processos judiciais ou investigações.
Evento vai até o fim de semana
Organizado pela Polícia Civil, o Summit segue até o fim de semana com painéis temáticos, oficinas práticas, palestras técnicas e troca de experiências. Entre os temas em pauta estão segurança digital, preservação de dados, proteção de menores, rastreabilidade online e cooperação internacional.
Vice-governador defende integração
O vice-governador José Carlos Barbosa, o Barbosinha, ressaltou que o crime se vale de tecnologia avançada e que o Estado precisa acompanhar essa evolução. “A criminalidade utiliza instrumentos sofisticados; o poder público deve agir com o mesmo grau de especialização”, afirmou.
R$ 48 milhões para a Polícia Civil
Apenas na Polícia Civil, os investimentos desde 2023 somam R$ 48 milhões, destinados à reestruturação de delegacias, aquisição de softwares de análise e sistemas de monitoramento. Também foram entregues 60 viaturas, armas e equipamentos táticos.
Para o delegado-geral Lupérsio Degerone, a atuação policial precisa acompanhar o nível de sofisticação dos criminosos. “Hoje o infrator pode praticar estelionato, tráfico ou lavagem de dinheiro sem sair de casa, usando arquivos criptografados e metadados. A resposta estatal deve ser igualmente avançada”, observou.
O Summit reforça a estratégia estadual de modernizar ferramentas e qualificar profissionais para enfrentar crimes que se propagam de forma silenciosa, sofisticada e transnacional.
Com informações de RCN67
