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Importância do Monitoramento do Tatu-Canastra no Cerrado

monitoramento do tatu-canastra
monitoramento do tatu-canastra

O monitoramento do tatu-canastra (Priodontes maximus) no Cerrado tem se mostrado uma iniciativa crucial para a preservação da biodiversidade regional. Realizado pela Suzano em parceria com o Instituto de Conservação de Animais Silvestres (Icas), o projeto “Canastras e Eucaliptos” não apenas visa proteger a maior espécie de tatu do mundo, mas também revela a presença de diversas outras espécies que habitam essa rica região. A importância desse monitoramento vai além da simples observação, pois contribui para a compreensão do ecossistema local e a promoção de práticas de conservação eficazes.

Monitoramento e Descobertas

O projeto de monitoramento começou em abril de 2024, com a instalação de armadilhas fotográficas em áreas de Cerrado e plantações de eucalipto. A primeira captura de um tatu-canastra ocorreu em março de 2025, quando uma fêmea adulta foi equipada com um transmissor GPS. Esse dispositivo coleta dados de localização a cada sete minutos, permitindo que os pesquisadores analisem os hábitos noturnos da espécie.

Segundo o biólogo Gabriel Massocato, do Programa de Conservação do Tatu-canastra, a observação do comportamento do tatu-canastra em diferentes ambientes é fundamental. A interação da espécie com o Cerrado nativo e as plantações de eucalipto possibilita a otimização dos corredores ecológicos, promovendo a conectividade entre os habitats e garantindo a segurança dos animais. Além disso, as câmeras automáticas registraram a presença de outros grandes mamíferos, como onça-parda e anta, evidenciando a importância das áreas monitoradas para a biodiversidade regional.

Integração entre Produção e Conservação

A Suzano, que mantém 808 mil hectares em Mato Grosso do Sul, tem se comprometido com a preservação ambiental. Desses, cerca de 250 mil hectares são dedicados exclusivamente à conservação. O projeto “Canastras e Eucaliptos” demonstra que é possível conciliar áreas produtivas de eucalipto com ambientes de alto valor ecológico. Renato Cipriano Rocha, coordenador de Meio Ambiente da Suzano, destaca que o manejo florestal é focado na proteção da biodiversidade, incluindo práticas como plantio em mosaico e restauração ambiental.

Com os resultados iniciais do projeto, a continuidade das ações de monitoramento promete ampliar a proteção não apenas do tatu-canastra, mas de toda a fauna silvestre que depende desses ecossistemas. A coexistência de práticas produtivas e a conservação da biodiversidade são, portanto, um objetivo alcançável, que pode servir de modelo para outras iniciativas em regiões semelhantes.

Em conclusão, o monitoramento do tatu-canastra no Cerrado é uma ação vital para a preservação da biodiversidade. Através do projeto “Canastras e Eucaliptos”, a interação entre a fauna e o ambiente tem sido estudada, revelando a importância de práticas de conservação que respeitem e integrem a produção agrícola. A continuidade desse trabalho poderá garantir a proteção de espécies ameaçadas e a manutenção dos ecossistemas locais.

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