Os moradores de três condomínios de prédios de Campo Grande vão fazer na próxima segunda-feira (29) um protesto para reivindicar rotatórias nas entradas dos residenciais.
De acordo com o grupo, os motoristas se arriscam na contramão para acessar o condomínio. Os moradores são dos conjuntos habitacionais Castelo de Luxemburgo, Castelo de Mônaco e Castelo San Marino, que ficam localizados na avenida Antônio Mendes Canale, no Jardim Pioneiros.
De acordo com um dos síndicos, Alex Arce Durant, vários acidentes estão ocorrendo no local principalmente nos horários de maior trânsito.
“Nosso objetivo com esse protesto, é tentar pressionar o Poder Público em relação a nossa situação. Precisamos não só das alças de acesso, mas também redutores de velocidade, como quebra-molas ou radares, para atenuar a possibilidade de colisões. Estamos muito assustados, pois o local para nós é uma tragédia anunciada”, reclamou.
O vereador o Odilon de Oliveira Júnior foi procurado há dois meses pelo grupo de moradores, por meio de seus síndicos, que explicaram a situação do local.
Com base nas informações, o vereador protocolou uma solicitação junto a Agetran (Agência Municipal de Trânsito) e na época o parlamentar foi atendido pelo diretor-presidente da agência, Janine de Lima Bruno. Ele explicou que um estudo estava sendo realizado no local para resolver o problema.
Para o parlamentar a situação é muito preocupante, pois os moradores convivem diariamente com a possibilidades de acidentes.
“Eu irei novamente falar com a Agetran e ver de que forma, nós do Poder Público, podemos solucionar essa situação. Eu já fiz minhas indicações, agora espero que o quanto antes esse problema seja resolvido”, declarou.
Posicionando Agetran
Questionada pela reportagem do Atual News, por meio de nota a Agetran afirmou que “foi procurada pelo Vereador Odilon, assim como pelos representantes dos Condomínios em questão e que os mesmos solicitaram um estudo para avaliar a viabilidade de implantação de um retorno na Av. Senador Antônio Mendes Canale, em frente a um dos acessos dos Condomínios.
Esse referido acesso foi incluído na contrapartida da Guia de Diretrizes Urbanísticas – GDU do processo de expansão da próxima etapa de construção desse mesmo empreendimento, ficando a sua execução sob a responsabilidade da própria construtora.
Quanto aos redutores de velocidade, informaram que a via citada já se encontra, há anos, com faixas elevadas, construídas em três pontos diferentes e nos dois sentidos de circulação.
Também se encontra em fase de estudos técnicos, a verificação de viabilidade técnica para a implantação de um conjunto semafórico no cruzamento da Av. Senador Antônio Mendes Canale com as Ruas da Alegria e Portuguesa”, conclui a nota.
Acordo judicial
A construtora responsável pelos mesmos empreendimentos imobiliários é alvo de ação civil pública movida pelo MPMS (Ministério Público Estadual) que questionava a legalidade das construções dos condomínios.
Pelos termos acordados, a MRV fará a entrega de bens em favor da comunidade até o valor de R$ 1 milhão dentro do prazo de 12 meses – que se encerra em fevereiro de 2020.
Os recursos serão aplicados nas áreas da saúde e educação e os beneficiários foram definido pelo MPMS na ação civil.
Em nota, a construtora confirmou a existência do acordo e informou que o prazo para cumprimento das obrigações atribuídas à empresa está em curso e que “está adotando todas as medidas necessárias para o cumprimento das obrigações assumidas”.