O vereador Dr. Victor Rocha (PP) usou a tribuna da Câmara Municipal de Campo Grande, na Sessão ordinária de quinta-feira (06) para defender a permanência das escalas plantões nas Unidades de Pronto-atendimento nas Moreninhas, no Leblon, no Tiradentes, na Vila Almeida e no Nova Bahia. Além da manutenção dos atendimentos pediátricos nas UPA´s Universitário e Coronel Antonino.
“Eu uso essa tribuna hoje, para dar voz ao que a população quer falar, ao que os médicos e enfermeiros querem falar, porém não são ouvidos. Nós vamos defender a manutenção de todas as escalas tanto na pediatria, quanto na clínica, enfermagem e administrativos, para atender bem a população. Tivemos aí um aumento nos últimos 10 anos de 40% do número de atendimentos. Não é cabível nesse momento, reduzir as escalas médicas. A gente precisa dos pediatras no período noturno, nas Moreninhas, no Leblon, Tiradentes, Vila Almeida e no Nova Bahia. Além da manutenção dos atendimentos pediátricos nas UPA´s Universitário e Coronel Antonino”.
Victor Rocha lembrou da superlotação dos hospitais e das demandas crescentes no que diz respeito à Saúde Pública de Campo Grande. “Muitos pacientes graves, que deveriam ir para o hospital, ficam internados nas UPA´s, sem alimentação, sem banho, sem um tratamento com uma equipe multiprofissional que tem no hospital. Faltam medicamentos, faltam leitos e ainda querem reduzir os atendimentos? Nós estamos aqui para defender a população, os profissionais de saúde, a manutenção das escalas, tanto de clínica, quanto de pediatria no formato como estão. Sabemos que o atendimento é deficitário do jeito que está, porém se houver essa readequação que a Sesau propõe, ficará muito pior”, pontuou o parlamentar progressista.
Dr. Victor Rocha também participou da reunião com os médicos da Secretaria Municipal de Saúde (Sesau) promovida pelo Sindicato dos Médicos de Mato Grosso do Sul (SinMed/MS) na noite de quarta-feira (05).
Segundo o posicionamento do SinMed/MS, a Saúde Pública de Campo Grande tem sido deficitária no quadro de pessoal médico para o atendimento do fluxo de usuários, que tem gerado filas, demoras, reclamações, críticas e até agressões contra profissionais médicos que estão com excesso de demandas. Não sendo, portanto, admissível a redução dos plantões médicos visando exclusivamente a redução de gastos, deixando a população desassistida.
O presidente do SinMed/MS, Marcelo Santana, já avisou que a entidade de classe irá lutar pela categoria e pela população que ficará desassistida: “A centralização do atendimento pediátrico em Campo Grande vai na contramão da necessidade da população. Sabemos que essa ação vai reduzir a acessibilidade de muitas famílias que ficarão extremamente distantes dos pontos de atendimento, provocando um risco desnecessário à saúde das crianças”.
Também foi discutida a readequação da Sesau em reunião do Conselho Municipal de Saúde, realizada na tarde desta quinta-feira (07), porém, o pleno ainda irá deliberar sobre o assunto, pois não houve a apresentação de todos os dados necessários para que houvesse uma deliberação.
“Não podemos tratar a Saúde Pública como número ou como gasto. Temos que investir na Atenção Primária, aumentar o número de médicos, principalmente pediatras, incentivar os profissionais da Saúde para melhor atender a nossa população que se aproxima de 1 milhão de habitantes. Temos que pensar na qualidade do atendimento à nossa gente. Reafirmo meu posicionamento em defesa da população, dos profissionais da saúde e na defesa de uma saúde pública de qualidade e com resultado à serviço da população campo-grandense. Não é só questão de números, são vidas!”, finalizou Dr. Victor Rocha.