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Plantio de soja avança com clima favorável em Rio Brilhante, e C.Vale reforça estratégia de diversificação

O início do plantio de soja na safra 2024/2025 em Rio Brilhante e municípios vizinhos, no sul de Mato Grosso do Sul, segue ritmo considerado normal e com lavouras bem estabelecidas, segundo avaliação da C.Vale.

A cooperativa agroindustrial, que completa 62 anos de atuação, atende produtores de oito municípios da região e mantém projeção otimista também para a próxima temporada, de 2025/2026. O cenário positivo atual é atribuído às chuvas regulares registradas no começo do ciclo, fator decisivo para o bom desenvolvimento inicial das plantas.

“Começar bem é fundamental para o resultado final da safra”, afirmou o gerente da unidade da cooperativa em Rio Brilhante, Wesley Quintiliano Félix, em entrevista concedida à Rádio Massa FM, em Dourados. De acordo com ele, as precipitações permitiram que o calendário de semeadura fosse cumprido dentro da janela recomendada, reduzindo riscos de estresse hídrico nas fases subsequentes da cultura.

A C.Vale informa possuir estrutura financeira sólida e, por isso, disponibiliza várias modalidades de crédito a seus associados. Uma das ferramentas em destaque é o barter, operação que possibilita ao produtor travar custos de insumos com entrega futura de parte da produção. Segundo Félix, o mecanismo “dá segurança para ambos os lados e otimiza a logística”, pois permite planejamento antecipado tanto para quem cultiva quanto para a cooperativa, que recebe o grão.

Com presença em diversos estados brasileiros e no Paraguai, a C.Vale atua em cadeia produtiva ampliada, que inclui soja, milho, mandioca, frango, peixe e suínos. Para o gerente, a expansão em diferentes frentes agrícolas e industriais é essencial para atravessar períodos de instabilidade no mercado. Ele reforça que o princípio de não “colocar todos os ovos na mesma cesta” orienta os investimentos da organização.

Entre os aportes já realizados, destacam-se unidades de esmagamento de soja, amidonarias, granjas, frigoríficos, centrais de recebimento de grãos e uma rede própria de supermercados. Na avaliação da cooperativa, essa integração vertical garante maior previsibilidade de receitas e acelera o pagamento aos produtores. “O associado sabe que entregará o grão e terá liquidez com rapidez e confiança”, observou Félix.

Além do suporte financeiro e industrial, a C.Vale mantém assistência técnica para orientar práticas de manejo, escolha de cultivares, controle fitossanitário e ações voltadas ao aumento de produtividade. Técnicos da cooperativa acompanham o desenvolvimento das lavouras desde o preparo do solo até a colheita, elaborando recomendações de acordo com as condições de cada propriedade.

No sul de Mato Grosso do Sul, o calendário agrícola prevê que o plantio de soja se estenda até meados de dezembro, obedecendo normas fitossanitárias estaduais. Após a colheita, grande parte das áreas deve receber milho safrinha ou culturas alternativas, estratégia que contribui para diluir custos, elevar a rentabilidade por hectare e reduzir a pressão de pragas e doenças.

Com o avanço da semeadura dentro da janela recomendada, a expectativa da C.Vale é de produtividade próxima ou até acima da média histórica da área de abrangência. Contudo, técnicos continuam monitorando os volumes de chuva previstos para os próximos meses, considerados determinantes para a definição do potencial produtivo.

Fora do campo, a cooperativa acompanha o mercado de grãos para orientar as travas de preço e indicar oportunidades de comercialização. A avaliação interna é de que a volatilidade cambial e a variação dos preços internacionais exigem planejamento financeiro rigoroso, no qual o barter tem papel relevante para equilibrar custos e receitas.

Com a regularidade climática até o momento, a safra 2024/2025 se consolida como ponto de partida para as metas traçadas pela C.Vale no ciclo seguinte. A cooperativa projeta ampliação do volume de grãos recebidos, reforço na capacidade estática de armazenamento e novos investimentos em logística para atendimento aos produtores nos oito municípios sul-mato-grossenses sob sua responsabilidade, além de ajustamentos na programação industrial a fim de absorver a matéria-prima resultante da expectativa de maior produção.