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Vereador sugere concessão da Lagoa Maior e do Balneário de Três Lagoas para impulsionar turismo

O vereador Fernando Jurado defende que duas das principais áreas de lazer de Três Lagoas, a Lagoa Maior e o Balneário Público Municipal, sejam administradas pela iniciativa privada por meio de um modelo de concessão. A proposta, segundo ele, tem o objetivo de fortalecer o turismo local como alternativa econômica frente à redução de incentivos fiscais prevista para vigorar a partir de 2032.

O parlamentar afirma que o município depende, atualmente, de benefícios fiscais que atraíram grandes indústrias nos últimos anos. Com a reforma tributária em curso no país, esses incentivos tendem a ser diminuídos ou extintos, o que pode afetar a competitividade das empresas instaladas na cidade. Para Jurado, o risco de retração industrial exige que o poder público busque novos eixos de desenvolvimento capazes de diversificar a atividade econômica e manter a geração de empregos.

Dentro desse cenário, o turismo é apontado pelo vereador como segmento capaz de movimentar diferentes cadeias produtivas, do comércio aos serviços. Ele avalia que Três Lagoas possui potencial para receber visitantes de outras regiões, mas ainda carece de infraestrutura e de atrativos que prolonguem a permanência dos turistas. A concessão de áreas públicas é apresentada como alternativa para viabilizar investimentos sem ampliar os gastos do orçamento municipal.

Jurado explica que o modelo de parceria previsto permitiria a entrada de empresas especializadas em gestão de parques, eventos ou equipamentos de lazer. Essas operadoras seriam responsáveis por implantar serviços pagos — a exemplo de quiosques, espaços para festas, aluguel de equipamentos esportivos ou atrações náuticas — enquanto o acesso gratuito aos parques permaneceria garantido. Segundo ele, a combinação de áreas de acesso livre com atividades remuneradas pode aumentar a oferta de entretenimento e tornar os espaços mais atrativos.

No caso da Lagoa Maior, cartão-postal do município situado na área central, o parlamentar menciona a possibilidade de instalação de estrutura de apoio ao visitante, como banheiros, iluminação decorativa e sinalização turística. Ele também cita a criação de circuitos de caminhada, pontos de observação de aves e instalações temporárias para eventos culturais. Para Jurado, tais melhorias ajudariam a integrar o parque urbano ao roteiro regional de lazer, ampliando a circulação em bares, restaurantes e hotéis próximos.

Já para o Balneário Público Municipal, localizado às margens do rio Sucuriú, a proposta inclui a recuperação de áreas de banho, construção de píeres e oferta de atividades aquáticas. A presença de operadores privados poderia, de acordo com o vereador, dinamizar o uso do espaço ao longo de todo o ano, reduzindo a sazonalidade típica dos períodos de férias. A expectativa é que a modernização atraia turistas de municípios vizinhos e, ao mesmo tempo, se converta em espaço de convívio para a população local.

Jurado ressalta que a concessão exigiria um edital detalhando obrigações de manutenção, padrões de segurança e políticas de preservação ambiental. O contrato também deveria definir indicadores de desempenho, metas de emprego e mecanismos de fiscalização pelo poder público. O vereador considera essencial a interlocução com órgãos ambientais e com o Ministério Público para alinhar as intervenções a normas de proteção dos corpos d’água e da fauna presente nas duas áreas.

O assunto será levado ao Executivo municipal nos próximos meses. A equipe técnica da prefeitura deverá avaliar estudos de viabilidade, prazos de contrato e o formato de participação dos particulares, que pode adotar a figura de Parceria Público-Privada (PPP). Caso a ideia avance, audiências públicas deverão ser realizadas para apresentar o modelo à sociedade e coletar sugestões de moradores, comerciantes e entidades de classe.

Na avaliação do vereador, a concessão pode gerar empregos diretos nas operações de bares, restaurantes e serviços de entretenimento, além de vagas indiretas em setores como transporte, hospedagem e comércio. Ele acredita que a movimentação econômica decorrente de novos fluxos turísticos ajudará a compensar possíveis perdas de arrecadação associadas ao fim dos incentivos fiscais. A expectativa, conclui, é transformar a Lagoa Maior e o Balneário em polos de atração regional, reforçando a imagem de Três Lagoas como destino de lazer no interior de Mato Grosso do Sul.

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