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Câncer de Mama: Casa Rosa é destaque na Câmara Federal

O projeto Casa Rosa, idealizado pelo vereador e médico mastologista, Dr. Victor Rocha tem demonstrado que é possível zerar as filas de espera do Sistema Único de Saúde. O parlamentar progressista foi entrevistado pela jornalista Karla Alessandra da Rádio Câmara de Brasília.
Segundo a matéria, em meio ao Outubro Rosa deputadas ouvem que o acesso a exames tem sido uma barreira no tratamento do câncer de mama no Brasil. O objetivo do Outubro Rosa é divulgar informações sobre o câncer de mama e fortalecer as recomendações do Ministério da Saúde para prevenção, diagnóstico precoce e rastreamento da doença.
Uma experiência que tem sido exemplo para o país é a que está sendo realizada em Campo Grande, capital do Mato Grosso do Sul que é o projeto Casa Rosa que conseguiu zerar a fila de espera para consulta em mastologia, punções e biópsias em menos de seis meses.
O médico criador do projeto, que atende 320 mulheres por mês, Victor Rocha, explicou que o atendimento é realizado de forma otimizada com o atendimento e os exames sendo realizados em uma única visita.
“Nós temos um modelo de atendimento onde a paciente consulta com o mastologista, já faz a mamografia, faz a ultrassonografia de mamas e caso seja necessário, a punção de mamas por agulha fina ou a punção por agulha grossa, chamada core biopsy no mesmo local. A inovação desse projeto foi em relação à paciente entrar uma única vez na fila por uma consulta em mastologia. Dentro desse projeto a paciente entra e são realizados todos os exames até o diagnóstico do câncer de mama”.
Dados do Instituto Nacional de Câncer, INCA, apontam que para 2022 a expectativa é que ocorram 66.280 novos casos de câncer de mama no Brasil. Em 2021, apenas 17% das mulheres entre 50 e 69 anos fizeram o exame preventivo do câncer de mama, o que representa dois milhões de mulheres, número inferior aos 23% registrados em 2019.

“A Casa Rosa é a prova de que é possível zerar as filas de espera. Oferecendo à paciente a agilidade tão necessária na detecção e encaminhamento para o tratamento do câncer de mama. Nossas pacientes entram apenas uma vez na fila da regulação do SUS/Sesau e realizam consulta, exames, se necessário punção e biópsia em um mesmo local. Em até duas semanas encaminhamos os casos confirmados de câncer de mama para o devido tratamento. Esse modelo de gestão pública pode ser aplicado em todas as especialidades, acabando a fila de espera e garantindo acesso à saúde pública de qualidade e com resultado”, pontuou o Dr. Victor Rocha, que é médico há 18 anos e já atuou como secretário-adjunto da Sesau.

Por meio do projeto Casa Rosa também estão sendo realizadas cirurgias de retirada de nódulos benignos. “Temos alguns casos de pacientes que estavam aguardando para a retirada dos nódulos benignos das mamas, porém, com a demora para a realização do procedimento, resolvemos fazer a cirurgia. Já tivemos dois casos em que os nódulos ultrapassaram os 10 cm, e as pacientes já estavam incomodadas com a deformidade da mama”, explicou Dr. Victor Rocha.
A matéria foi veiculada pela Rádio Câmara, na terça-feira (25) para acessar o conteúdo basta clicar: