A crise na Santa Casa de Campo Grande tem gerado preocupações significativas entre a população e as autoridades. Recentemente, uma nova paralisação parcial nos atendimentos foi anunciada, levando o Ministério Público de Mato Grosso do Sul a intensificar a investigação sobre o desabastecimento de insumos e a interrupção de serviços. A situação, que afeta diretamente a capacidade de atendimento a pacientes do SUS, está sendo acompanhada com atenção e prioridade.
Investigação do Ministério Público
O Ministério Público está conduzindo um inquérito civil para apurar as causas do desabastecimento na Santa Casa. A investigação busca esclarecer se houve omissão por parte das autoridades responsáveis pelo financiamento do hospital. A direção da unidade hospitalar já havia informado que a falta de insumos básicos no centro cirúrgico impactou a continuidade dos atendimentos, levando à suspensão de serviços essenciais.
Compromissos foram firmados entre o MP, a Secretaria de Estado de Saúde (SES) e a Secretaria Municipal de Saúde (Sesau) para liberar repasses emergenciais. Um aporte de R$ 25 milhões foi acordado, a ser realizado em três parcelas, além de um acréscimo mensal de R$ 1 milhão ao contrato com a Santa Casa. Apesar dessas medidas, a situação não apresentou melhorias significativas, resultando em novas paralisações.
Medidas e Reuniões Futuras
Uma reunião para avaliar o cumprimento dos compromissos foi agendada para o dia 23 de maio. O MP também está acompanhando auditorias internas e externas, incluindo uma específica sobre a regulação de pacientes, que deve ser concluída até julho. A ata da reunião técnica realizada no dia 8 de maio não será divulgada, pois está vinculada a um procedimento sigiloso.
Na última semana, a Santa Casa anunciou a suspensão dos atendimentos no Pronto Atendimento adulto e infantil, mantendo apenas casos classificados como emergências específicas. Essa decisão foi motivada pela falta de insumos, o que levanta questões sobre a capacidade do hospital em atender a demanda da população.
Com a crise se agravando, a situação da Santa Casa de Campo Grande continua a ser uma preocupação central para a saúde pública na região. A expectativa é que as medidas acordadas sejam efetivamente implementadas, garantindo a continuidade dos serviços essenciais e a segurança dos pacientes.
Em conclusão, a crise na Santa Casa de Campo Grande destaca a necessidade urgente de ações efetivas por parte das autoridades. O acompanhamento do Ministério Público e as medidas emergenciais acordadas são passos importantes, mas a implementação eficaz dessas ações será crucial para a recuperação da instituição e a garantia de atendimento à população.