O débito primário do governo central é um tema que afeta diretamente a economia do Brasil. Recentemente, o governo anunciou que o déficit primário atingiu R$ 5,326 bilhões em setembro de 2024. Isso gerou preocupações e questionamentos sobre a saúde financeira do país. Neste post, vou explorar o que isso significa e quais são as implicações desse resultado.
O que é o déficit primário?
O débito primário é a diferença entre as receitas e os gastos do governo, excluindo o pagamento de juros da dívida pública. Em termos simples, é um indicador que mostra se o governo está gastando mais do que arrecada. Um resultado negativo, como o que vimos em setembro, indica que o governo está enfrentando dificuldades financeiras.
O impacto da falta de recursos do PIS/Pasep
Um dos principais fatores que contribuíram para esse déficit foi a ausência da transferência do antigo fundo PIS/Pasep para o Tesouro. No ano passado, essa transferência trouxe cerca de R$ 26,3 bilhões, o que ajudou a gerar um superávit primário de R$ 11,554 bilhões. Sem esses recursos, as contas do governo central se deterioraram rapidamente.
Além disso, as receitas líquidas caíram 4,4% em valores nominais, e as despesas totais aumentaram 5,9%. Isso mostra que, mesmo com uma arrecadação recorde, o governo não conseguiu equilibrar suas contas.
Expectativas e projeções futuras
As instituições financeiras esperavam um déficit menor, de apenas R$ 2 bilhões. No entanto, o resultado foi muito pior do que o previsto. Nos primeiros nove meses do ano, o governo central acumulou um déficit primário de R$ 105,187 bilhões, um aumento de 7,4% em relação ao ano anterior.
A nova Lei de Diretrizes Orçamentárias estabelece uma meta de déficit primário zero, mas com despesas excepcionais, como precatórios, o resultado pode ser ainda mais negativo. O governo congelou R$ 13,3 bilhões do orçamento para não ultrapassar os limites estabelecidos, mas isso levanta questões sobre a sustentabilidade das políticas públicas.
Em conclusão, o déficit primário do governo central, que atingiu R$ 5,326 bilhões, é um sinal de alerta para a economia brasileira. A falta de recursos do PIS/Pasep e o aumento das despesas estão pressionando as contas públicas. É crucial que o governo encontre soluções para reverter essa situação e garantir a saúde financeira do país no futuro.