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Enquanto Brasil retira incentivo, Alemanha coloca energia solar na lista de prioridades no plano de R$ 250 bilhões

O Governo Alemão anunciou um plano de investimento de até 54 bilhões de euros, cerca de R$ 250 bilhões em energia, transporte, construção, inovação e desenvolvimento. Com isso esperam uma redução de 55% das emissões de CO2 (em relação a 1990), em linha com o que foi estipulado dentro da União Europeia até 2030.

Serão dados incentivos fiscais à energia fotovoltaica, outra medida é a instalação de usina de energia eólica em municípios. “Não somos sustentáveis neste momento”, reconheceu a chanceler alemã, Angela Merkel, ao apresentar este pacote de 70 medidas de olho na Cúpula do Clima ocorrida no final de setembro. “Há evidências concretas do mundo científico sobre as mudanças climáticas, e quem pretende ignorá-las não atua com justiça para o futuro”, acrescentou.

A medida prioritária é o estabelecimento de uma taxa às emissões de CO2, que crescerá progressivamente até que seja possível colocar em andamento um mercado de direitos, no qual participarão as empresas que produzam ou distribuam combustíveis para o transporte ou a calefação.

A cobrança iniciará a partir de 2021, quando será necessário pagar 10 euros por tonelada de CO2, preço que subirá progressivamente até custar 35 euros a tonelada em 2025, quando entrar em funcionamento o mercado de direitos de emissões. Isso afetará o preço da gasolina, do diesel, do gasóleo para calefação e do gás natural.

Embora o trem na Alemanha passará a ser mais barato porque o imposto sobre o valor agregado (IVA) cairá de 19% para 7%, o preço das passagens de avião encarecerá, segundo o programa. Essas medidas e seus efeitos serão acompanhados anualmente por um comitê independente com o objetivo de redução das emissões até 2030.