Os Estados Unidos planejam pressionar o Conselho de Segurança da ONU, solicitando apoio para uma resolução que visa alcançar um cessar-fogo imediato em Gaza e negociar a libertação dos reféns. Nate Evans, porta-voz da missão dos EUA nas Nações Unidas, destacou que a resolução é resultado de extensas consultas com os membros do Conselho de Segurança.
Essa iniciativa representa uma mudança significativa na postura de Washington em relação a Israel, uma vez que, no início do conflito de cinco meses, os EUA mostravam relutância em adotar a palavra “cessar-fogo” e vetaram resoluções que incluíam pedidos de cessar-fogo imediato.
O projeto de resolução, conforme divulgado pela Reuters, enfatiza a importância de um cessar-fogo imediato e sustentado, visando proteger os civis e permitir a entrega de assistência humanitária durante aproximadamente seis semanas. Além disso, a resolução apoia as negociações conduzidas pelos EUA, Egito e Catar, buscando um cessar-fogo e intensificando os esforços para alcançar uma paz duradoura.
A obtenção do apoio necessário no Conselho de Segurança exige pelo menos nove votos favoráveis e nenhum veto dos membros permanentes. Antony Blinken, Secretário de Estado dos EUA, expressou otimismo em relação às negociações no Catar, que visam uma trégua de seis semanas e a libertação de reféns.
No entanto, um ponto de conflito importante permanece entre o Hamas e Israel, com o Hamas condicionando a libertação dos reféns a um acordo que encerre o conflito, enquanto Israel prefere apenas uma pausa temporária.
Os Estados Unidos insistem que qualquer apoio ao cessar-fogo deve estar vinculado à libertação dos reféns mantidos pelo Hamas em Gaza. Desde o início do conflito, Israel registrou ataques do Hamas que resultaram em vítimas e reféns.
Além disso, a resolução busca ampliar a ajuda humanitária em Gaza, onde a situação de fome está se agravando. Durante o conflito, Washington vetou três projetos de resolução, com o argumento de que poderiam prejudicar as negociações de cessar-fogo.
Embora os EUA tradicionalmente protejam Israel na ONU, eles já se abstiveram duas vezes, permitindo que o Conselho adotasse resoluções relacionadas ao aumento da ajuda humanitária e à exigência de pausas prolongadas nos combates.