A equipe econômica do Governo Jair Bolsonaro, estuda a prorrogação ou permanência do auxílio emergencial de R$ 600, atrelado ao debate de revisão de gastos sociais considerados ineficientes como o abono salarial, seguro-defeso e farmácia popular.
O argumento é que uma revisão nesses benefícios abriria espaço no Orçamento para acomodar uma renda básica à população ou alguma outra proposta de fortalecimento das políticas sociais no Brasil.
No formato atual, o auxílio emergencial custa cerca de R$ 45 bilhões ao mês, uma despesa que não cabe no Orçamento nem no teto de gastos, mecanismo que limita o avanço das despesas à inflação.
Estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) mostra que 39% dos benefícios são pagos a um terço mais rico da população, enquanto só 16% vão para o terço mais pobre. Só neste ano, o abono salarial pagará R$ 19,85 bilhões a trabalhadores com carteira assinada que ganham até dois salários mínimos
Segundo o Ipea, a contribuição do abono para a redução da pobreza no país é equivalente a zero.