O juiz Rafael Estrela Nóbrega, da Vara de Execuções Penais do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, autorizou a transferência de sete detentos apontados como dirigentes do Comando Vermelho para unidades prisionais federais de segurança máxima. A decisão foi proferida após a Operação Contenção, realizada em 30 de outubro, e tem como objetivo interromper a comunicação dos presos com a facção.
Parte dos custodiados deverá ser encaminhada ao Presídio Federal de Campo Grande (MS), mas, por questões de segurança, nem o total exato nem os destinos individuais foram divulgados.
Quem será transferido
Foram incluídos na determinação:
- Arnaldo da Silva Dias, o Naldinho – condenado a 81 anos, 4 meses e 20 dias;
- Carlos Vinicius Lírio da Silva, o Cabeça do Sabão – condenado a 60 anos, 4 meses e 4 dias;
- Eliezer Miranda Joaquim, o Criam – condenado a 100 anos, 10 meses e 20 dias;
- Fabrício de Melo Jesus, o Bicinho – condenado a 65 anos, 8 meses e 26 dias;
- Marco Antônio Pereira Firmino da Silva, o My Thor – condenado a 35 anos, 5 meses e 26 dias;
- Alexander de Jesus Carlos, o Choque – condenado a 34 anos e 6 meses;
- Roberto de Souza Brito, o Irmão Metralha – condenado a 50 anos, 2 meses e 20 dias.
Juntos, os sete acumulam mais de 400 anos em penas, principalmente por tráfico de drogas e associação criminosa. Criam e Choque já passaram anteriormente pela Penitenciária Federal de Campo Grande.
Nomes ainda em análise
Outros dois investigados – Wagner Teixeira Carlos e Leonardo Farinazzo Pampuri (Léo Barrão) – ainda aguardam manifestação judicial. O magistrado solicitou que a Secretaria de Polícia Civil envie, em até cinco dias, informações adicionais para embasar eventual remoção, conforme prevê a Lei nº 11.671/2008, que regula o sistema penitenciário federal.
O décimo citado na lista inicial, o cabo da Marinha Riam Maurício Tavares Mota, apontado como operador de drones para a facção, permanece com processo na Vara de Organização Criminosa, que decidirá se ele será incluído nas transferências.
Justificativa da decisão
Na sentença, o juiz ressaltou que a medida prioriza a segurança pública e busca impedir que as lideranças continuem coordenando crimes de dentro da cadeia. Segundo o despacho, a transferência para estabelecimentos federais de segurança máxima é necessária para “resguardar o interesse coletivo diante do risco de reincidência e de articulação criminosa a partir do cárcere”.
Até que a remoção seja executada, todos permanecerão em unidades de segurança máxima do Estado do Rio de Janeiro.
Com informações de Campo Grande News









