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Motorista morre após capotar caminhonete com 1,6 tonelada de maconha na MS-295

Um homem de 29 anos morreu na madrugada desta quarta-feira (3) depois de capotar a caminhonete que dirigia na rodovia MS-295, na região de Iguatemi, sul de Mato Grosso do Sul. A Polícia Militar confirmou que o veículo transportava 1.653 quilos de maconha distribuídos em 65 fardos e vários tabletes soltos, que ficaram espalhados pela vegetação à margem da estrada.

Identificado como Celso Patrick Gabilão Marques, o motorista conduzia uma Volkswagen Amarok com placas falsas quando perdeu o controle da direção. Segundo informações colhidas pelos policiais que atenderam a ocorrência, a caminhonete saiu da pista, desceu um barranco e capotou diversas vezes antes de ficar enroscada em fios de arame de uma cerca. O impacto destruiu a parte frontal, a cabine e a carroceria do veículo.

Testemunhas que passavam pelo trecho acionaram o socorro ao perceberem o acidente. Quando a equipe da Polícia Militar chegou, encontrou o condutor recebendo os primeiros atendimentos de emergência, mas em estado grave. Mesmo imobilizado e encaminhado rapidamente ao hospital de Iguatemi, ele não resistiu aos ferimentos e morreu pouco depois de dar entrada na unidade.

Durante o trabalho de isolamento da área, os policiais observaram dezenas de tabletes escuros na vegetação. A inspeção no interior da Amarok revelou que o compartimento de carga estava completamente ocupado por fardos prensados, característicos do tráfico de drogas. A pesagem feita no local totalizou 1.653 quilos de maconha, quantidade que foi recolhida e levada para a delegacia.

Os agentes também verificaram que as placas instaladas na caminhonete não correspondiam ao registro oficial do veículo. A checagem em bancos de dados apontou que a Amarok havia sido furtada ou roubada em Paranavaí, no noroeste do Paraná. Diante da constatação, o automóvel foi apreendido para perícia, a fim de ajudar na identificação de possíveis envolvidos no crime de receptação e no transporte da droga.

Após a conclusão dos procedimentos no local do acidente, o corpo de Celso Patrick Gabilão Marques foi encaminhado ao Instituto Médico-Legal para exame de necropsia. A Polícia Civil abriu inquérito para apurar as circunstâncias do capotamento, a origem da droga e a participação de terceiros no esquema de tráfico. Investigadores buscam imagens de câmeras instaladas em propriedades rurais próximas e em postos de combustíveis da região.

O trecho onde ocorreu o acidente é considerado rota utilizada por transportadores ilegais devido à proximidade com a fronteira entre Brasil e Paraguai. Mesmo com operações de fiscalização constantes, motoristas envolvidos no comércio de entorpecentes costumam trafegar em horários de menor movimento, especialmente durante a madrugada, como ocorreu neste caso.

Além das equipes da Polícia Militar Rodoviária, policiais civis e peritos estiveram no local para realizar medições, coleta de vestígios e levantamento fotográfico. O laudo técnico sobre as causas do capotamento deverá indicar fatores como velocidade, condição dos pneus, estado da pista e eventuais falhas mecânicas, informações consideradas essenciais para o andamento da investigação.

Os 65 fardos apreendidos foram lacrados e permanecerão armazenados em depósito judicial até autorização para destruição, conforme a legislação vigente. A delegacia de Iguatemi informou que as diligências prosseguem para identificar quem forneceu o veículo, quem seria o destinatário da carga e se há uma organização criminosa no comando da logística do transporte.

Com a morte do condutor, as autoridades devem concentrar esforços na análise de dados de telefonia, registros de pedágios e movimentação financeira que possam indicar a participação de outras pessoas. A Polícia Civil também pretende compartilhar informações com forças de segurança do Paraná para esclarecer o roubo ou furto da Amarok em Paranavaí e mapear possíveis rotas alternativas utilizadas por traficantes entre os dois estados.

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