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MS registra mais de 3.600 casos de violência contra mulher em 2019

O Mato Grosso do Sul vem registrando casos alarmantes de violência contra a mulher este ano. De acordo com um levantamento feito pelo Jornal Midiamax, desde de janeiro deste 2019, foram registrados mais de 3.600 casos de violência doméstica em nosso estado.

Só nesta semana, desde sábado (24), já foram noticiados casos de agressões, estupro, uma grávida feita refém pelo marido, incêndio criminoso e o feminicídio de uma pastora evangélica, Rose Meire Fermino de Andrade Mendonça de 48 anos, durante um culto. Este, por exemplo, foi um dos casos mais emblemáticos registrados esta semana.

Segundo a Polícia, o crime – que aconteceu ontem – foi praticado enquanto a vítima pregava em um culto, em Aquidauana. O ex-marido da pastora, Carlos Alberto Mendonça de 58, entrou na igreja e efetuou quatro disparos, três deles acertaram a vítima.

Após o crime, o agressor fugiu e, em seguida, chegou a cravar uma faca no peito, na tentativa de cometer suicídio, mas acabou levado ao hospital pelo filho. Ele recebeu alta médica, foi preso em flagrante. Ele ainda confessou que fez um empréstimo para comprar o revólver no valor de R$ 3 mil. Além disso, segundo a Polícia Civil, a pastora já havia feito queixa contra ele e relatou no boletim de ocorrência que tentava tirá-lo de casa há 10 anos. Após a denúncia, a Justiça havia expedido uma medida protetiva há dez dias.

Em Campo Grande não é diferente, uma menina de 13 anos filmou o momento em que o pai agrediu a mãe com uma barra de ferro. O homem de 41 anos espancou a vítima de 30 anos e é procurado pela polícia, já que fugiu após o ocorrido. Ele e a vítima estavam separados há um mês.

De acordo com o vereador Odilon de Oliveira, um dos parlamentares que mais atua nesta área, esses registros geram muita preocupação, pois apesar dos dados, é sabido que ainda existem muitos casos em que a vítima não denuncia, pois tem medo de morrer.

“Nós como, Poder Público, devemos estimular políticas públicas que coíbam ou amenizem essa covardia. Devemos demonstrar desde a infância que a mulher não é uma propriedade do homem e emponderar as vítimas para que elas denunciem, e as autoridades cumpra a lei de forma mais rigorosa. Apenas dessa forma poderemos amenizar esse problema que destrói o pilar de nossa sociedade, que é a família”, finalizou.