A polícia de Belo Horizonte (MG), Itabira (MG) e Rio de Janeiro cumpriu nesta manhã de sexta-feira, oito mandatos de prisão expedidos pelo Ministério Público de Minas Gerais para funcionários da Vale ligados a tragédia de Brumadinho. As prisões são temporárias com prazo de 30 dias.
Foram presos dois gerentes, dois gerentes executivos e quatro integrantes das equipes técnicas, de acordo com o MPMG todos estão diretamente ligados a segurança e estabilidade da Barragem 1.
Um dos presos na ação foi o gerente executivo corporativo da Vale, Alexandre Campanha, encontrado na região centro-sul de BH, ele já havia prestado depoimento no dia 07/02 para a força-tarefa que investiga o rompimento da barragem na Mina Córrego do Feijão.
O Engenheiro da Tüv Süd, Makoto Namba, disse que se sentiu pressionado por Alexandre Campanha para assinar o documento que garantia a segurança e estabilidade da barragem. “A Tüv Süd vai assinar ou não”, Namba diz cedeu por medo de não ter o contrato renovado, Campanha nega que essa conversa tem acontecido.
Busca e apreensão
Segundo o Ministério Público, foram, ainda, alvos de busca e apreensão nesta sexta, em São Paulo e Belo Horizonte, quatro funcionários (um diretor, um gerente e dois integrantes do corpo técnico) da empresa alemã TÜV SÜD, que prestou serviços para a Vale, referentes à estabilidade da barragem rompida. Também foi cumprido mandado de busca e apreensão na sede da empresa no Rio de Janeiro.
Em nota, a Vale informou que “está colaborando plenamente com as autoridades” e que “permanecerá contribuindo com as investigações para a apuração dos fatos, juntamente com o apoio incondicional às famílias atingidas.”
A operação contou com o apoio das Polícias Militar e Civil do Estado de Minas Gerais e, ainda, com atuação dos Ministérios Públicos dos Estados do Rio de Janeiro e São Paulo.
Todos os presos serão ouvidos pelo Ministério Público Estadual, em Belo Horizonte. Também são apurados crimes ambientais e de falsidade ideológica.