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Prefeitura realiza debates sobre depressão e suicídio infanto-juvenil

A Prefeitura de Campo Grande promoveu na última quarta-feira (11) o II Colóquio ‘’Debates atuais sobre saúde mental e prevenção ao suicídio infanto-juvenil. O evento, que fortalece a Campanha Setembro Amarelo, aconteceu no auditório da Uniderp e teve a receptividade do público que participou dos debates.

A ação que faz parte da Agenda afirmativa SDHU (Setembro amarelo) teve o objetivo de discutir novas abordagens em saúde mental na infância e adolescência, articulando ações estratégicas em saúde para prevenção ao suicídio. O prefeito Marquinhos Trad, que prestigiou o evento, destacou a importância do debate.

“Por ano, em média, 800 mil pessoas se suicidam no mundo. É um dado alarmante. Existem fatores genéricos, neurológicos e sociais que podem levar uma pessoa a tirar sua própria vida. Ninguém comete o suicídio da noite para o dia. É preciso estar atento aos sintomas e, o quanto antes, procurar ajuda de um psicólogo. A depressão não é frescura, ela é uma doença que precisa ser tratada”, disse o prefeito.

O subsecretário Junior Coringa ressaltou que as pesquisas demonstram que os principais fatores que levam uma pessoa a tirar a própria vida estão relacionados à fragilidade emocional e a situações de crise.  ‘’Tais estados emocionais desencadeiam pensamentos de morte na intenção de acabar com o sofrimento, muitas vezes insuportável. O colóquio vem para que possamos compreender melhor o assunto e fazer com que projetos e ações sejam colocadas em prática para o auxílio dessas pessoas’’, relatou.

Coringa destaca que normalmente ao perceber pessoas em situação de fragilidade ou crise emocional, é comum que a pessoa receba críticas ou tenha sua fala e experiências ignoradas ou desvalorizadas. O espaço para fala é fundamental. “Para que exista espaço de fala é essencial que se reconheçam as emoções como inerente a nossa experiência de vida. Precisamos conhecer as características para que possamos nos tornar ativistas contra esse mal que a cada dia cresce em nossa capital”, completou.

Durante o Colóquio foram apresentados os dados estatísticos que mostram que no mundo mais de 800 mil pessoas tiram a própria vida por ano. É a segunda maior causa de morte entre jovens de 15 a 29 anos. No Brasil 11 mil tiram a própria vida por ano e é a quarta maior causa de morte entre jovens de 15 a 29 anos. O envenenamento ou intoxicação são os principais meios utilizados na tentativa de suicídio.

Já em Campo Grande a cada 10 horas uma pessoa tenta tirar a própria vida, são 65 tentativas ao mês. Segundo o Serviço do Núcleo de Prevenção às Violências, acidentes de trânsito e doméstico da Secretaria Municipal de Saúde foram 891 casos de tentativas de suicídio registradas na Capital em 2017. Já os dados do Corpo de Bombeiros revelam que atendidas 925 ocorrências de tentativas de suicídio na cidade em 2017.

Ao comentar a importância da Campanha, a coordenadora Sandra Mara acredita que a coordenadoria de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente deu um grande passo, propondo essa discussão com foco na prevenção ao suicídio infanto-juvenil. “Precisamos divulgar a gravidade do tema para que a sociedade e o poder público possam se sensibilizar e venham possibilitar uma melhora no atendimento a essa classe’’ disse Sandra. Segundo a OMS (Organização Mundial de Saúde) a cada notificação 5 são subnotificadas, isto é, o número é bem maior que o registrado.

(*) Com informações da Prefeitura de Campo Grande.