O deputado estadual Roberto Hashioka (União Brasil) expressou sua indignação em relação à repactuação da BR-163 em Mato Grosso do Sul. Ele argumenta que a cobrança de pedágio sem a devida duplicação das rodovias é inaceitável. Neste post, vamos explorar os principais pontos levantados por Hashioka e entender por que essa questão é tão importante para a segurança e a mobilidade no estado.
O que é a repactuação da BR-163?
A repactuação da BR-163 envolve um contrato entre o Governo Federal e a concessionária CCR MSVia. O Tribunal de Contas da União (TCU) está analisando essa repactuação, que prevê que a concessionária continue a gestão da rodovia por mais 35 anos. Durante esse período, a empresa deve investir R$ 12 bilhões em obras, incluindo a duplicação e a construção de uma terceira faixa.
Hashioka, no entanto, critica essa proposta. Ele destaca que, desde 2017, a concessionária não realizou nenhuma obra de duplicação. “Nós somos, de certa forma, prejudicados com essa concessão”, afirmou. Para ele, a situação atual já traz prejuízos à população e à economia do estado.
Os números que preocupam
Desde que a CCR MSVia assumiu a concessão em 2014, apenas 150 km da rodovia foram duplicados, o que representa apenas 17,8% do total de 847 km que deveriam ser duplicados. Essa ineficiência gera insegurança nas estradas, refletindo em um alto número de acidentes. Em 2024, até setembro, foram registrados 1.917 acidentes, resultando em 53 mortes.
Hashioka enfatiza que a falta de duplicação é um problema sério. Ele menciona que a proposta de repactuação prevê a duplicação de apenas 340 km, o que ainda deixa mais de 300 km de pista simples. Essa situação é alarmante, pois a rodovia é um dos principais eixos de transporte do estado, interligando importantes rotas comerciais.
A posição de Hashioka e a voz do povo
O deputado Hashioka defende que a discussão sobre a repactuação não deve ser apenas uma decisão do TCU ou da ANTT. Ele acredita que o estado de Mato Grosso do Sul deve ter voz ativa nessa questão, já que é o mais impactado. “Sem duplicação, pedágio não!” é o lema que ele propõe, inspirado em uma iniciativa do Paraná.
Para Hashioka, a cobrança de pedágio sem a duplicação das rodovias é uma injustiça com os cidadãos que utilizam essas vias diariamente. Ele conclui que é fundamental que a população se mobilize e faça sua voz ser ouvida, para que a segurança e a qualidade das estradas sejam priorizadas.
Conclusão
A repactuação da BR-163 em Mato Grosso do Sul é um tema que gera grande preocupação. A crítica de Hashioka à falta de duplicação e à cobrança de pedágio sem melhorias nas rodovias é um chamado à ação. A segurança nas estradas deve ser uma prioridade, e a população precisa estar atenta e engajada nessa discussão. Somente assim poderemos garantir que as rodovias do estado sejam seguras e adequadas para todos.