O secretário municipal de Planejamento e Finanças, Pedro Pedrossian Neto falou sobre as dificuldades da prefeitura em fechar contas devido a redução de arrecadação de vários tributos durante live da Câmara Municipal de Campo Grande no Facebook nesta segunda-feira (4) .
Pedrossian falou no ao vivo que foi constatado na folha da prefeitura da capital a redução de arrecadação de tributos e que apesar do retorno gradativo dos comércios haverá dificuldades na gestão municipal. “Teve redução de 32% do ICMS, teve redução do IPTU de 24,33% e vários outros, perdemos um total de 30 milhões se comparado ao abril de 2019, com abril de 2020, nos leva a prever a queda de R$ 150 milhões no ano”.
O secretário ainda disse que a queda na arrecadação esperada para 2020 interfere diretamente. “É um valor muito significativo, temos sérias dificuldades, porque já vinhamos de um déficit de 12 milhões mensais, o que não era ruim se comparado a 2017”, concluiu Neto.
Ainda de acordo com Pedro, as finanças do mês de março não foram abaladas, porque antes do decreto de pandemia, havia recebido arrecadação do Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana (IPTU ) e Imposto Sobre Qualquer Natureza (ISS ). “Não tivemos crescimento, mas não caiu”.
Para salvar os cofres municipais, a esperança está no projeto de lei aprovado no Senado com plano de ajuda para municípios em que Campo Grande deve receber R$ 148 milhões. “A expectativa é que esse recurso nāo venha carimbado, pois assim podemos dar seguimento a diversos serviços sociais e pagarmos funcionalismo”. Sem ajuda da Uniāo, nāo haveria como pagar a folha de junho, alertou Pedrossian Neto.
Sobre a Lei de Diretrizes Orçamentarias (LDO), o cenário é de uma queda de 4,33% em termos reais sem considerar a inflaçāo ou deflaçāo do período. O valor passa de R$ 4,303 bilhões para R$ 4,116 bilhões. Com valores a preços correntes, o crescimento é de 0,70%, quando o orçamento previsto passa a ser de R$ 4.333.259.490,79 para o próximo ano, em relação às estimativas de 2020.