Nem a combinação de vento forte, alagamentos e queda de árvores foi suficiente para tirar Laís Eduarda, 18 anos, do ponto de venda na Avenida Toros Puxian, em Campo Grande. Na manhã desta quarta-feira, 5 de novembro de 2025, a jovem permaneceu oferecendo morangos e paçoca sob um pano improvisado enquanto a cidade enfrentava um temporal intenso.
O vendaval espalhou caixas de frutas, derrubou estruturas e interrompeu o fornecimento de energia em vários bairros. Ainda assim, Laís continuou acenando para motoristas que reduziam a velocidade para perguntar o preço da mercadoria. “A gente não pode parar, é determinação”, afirmou.
Segundo a vendedora, parentes também comercializam produtos em outros trechos da mesma avenida, inclusive próximos à Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS). “Lá embaixo, o carrinho chegou a voar”, relatou, lembrando o susto provocado pela força do vento.
Apesar do medo e da água que cobria parte da pista, a jovem decidiu manter o trabalho. “O vento parecia que ia levar tudo, mas a gente precisa continuar”, disse. Ao redor, motoristas desviavam de galhos caídos e grandes poças, enquanto comerciantes recolhiam o que o temporal havia espalhado.
Com informações de Campo Grande News
