Os vereadores da Câmara de Campo Grande aprovaram nesta terça-feira (14) um projeto que garante isenção de R$10,8 milhões de Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISSQN) ao Consórcio Guaicurus, responsável pelo transporte coletivo na cidade.
A isenção foi concedida pela prefeitura para evitar um aumento ainda maior na tarifa de ônibus, que atualmente é de R$4,40. Com a tarifa técnica definida em R$5,80 e o consórcio falando em R$8, a prefeita Adriane Lopes deve estabelecer o valor em R$4,65.
O executivo municipal vem trabalhando há semanas em uma composição que envolver a isenção de ISSQN e aportes para cobrir gratuidades de estudantes do governo federa, estadual e município.
O governador Eduardo Riedel (PSDB) anunciou um repasse de R$10 milhões para custear o transporte da rede estadual de ensino.
Embora a aprovação tenha sido unânime, houve críticas dos vereadores ao transporte coletivo da cidade. O vereador Valdir Gomes chegou a chamar o transporte coletivo de “chiqueirão”, afirmando que as pessoas preferem pagar mais por um transporte por aplicativo do que usar o serviço de ônibus.
O vereador Júnior Coringa votou a favor da isenção, mas destacou que gostaria de ter votado contra. Ele afirmou que, caso a isenção não fosse concedida, quem sofreria seria o usuário do transporte. Já o presidente da Câmara, vereador Carlão, explicou que conversou com a prefeita e com o Consórcio sobre a necessidade de melhoria nos terminais de ônibus e renovação da frota, e que a lei pode ser revogada a qualquer momento caso o serviço não melhore.
O vereador Marcos Tabosa (PDT) foi o único a votar contra a isenção ao Consórcio Guaicurus.
