Um levantamento feito pela Controladoria-Geral da União (CGU) com a Controladoria-Geral do Estado (CGE) revelou que 1.126 servidores públicos ativos e inativos em Mato Grosso do Sul receberam de forma irregular o pagamento do auxílio emergencial de R$ 600 do Governo Federal.
De acordo com a CGU, os pagamentos indevidos somam R$ 719,4 mil e todos terão que devolver o montante. Entre os pagamentos irregulares está o caso de um aposentado com remuneração mensal superior a R$ 35 mil.
No levantamento feito 259 desses servidores poderão responder a processo administrativo e judicial, por falsidade ideológica, já que fizeram o cadastro no Ministério da Cidadania declarando não ter vínculo empregatício, aposentadoria ou pensão.
Segundo o superintendente da Controladoria Regional da União no Estado, Daniel Carlos Siqueira o levantamento foi minucioso. “Um trabalho conjunto, com a Controladoria-Geral do Estado, onde foi disponibilizada a base de dados dos servidores públicos do Poder Executivo estadual, tanto ativos quanto inativos, aposentados e pensionistas, e foi realizado esse cruzamento para verificar a possível concessão irregular de auxílio emergencial a servidores. Um critério da ilegibilidade da concessão é a existência de emprego formal ativo e/ou ser beneficiário de qualquer serviço previdenciário”, explicou.
De acordo com o controlador-geral do Estado, Carlos Eduardo Girão de Arruda, os benefícios irregulares foram pagos principalmente a aposentados e pensionistas, com 84,9% dos casos, e servidores da Educação, 12,7%, sendo a maioria professores convocados.
Conforme Girão, além de devolver, esses vão ter que se explicar. “Às vezes, podem ter sido vítimas de uma fraude, como a gente vê ocorrendo, a pessoa pega um CPF e pede por ela, abre uma conta no banco, às vezes, pode ser isso. Então, eles vão ter que se explicar”, prosseguiu.
O Ministério da Cidadania foi notificado para cancelar todos os pagamentos indevidos e o Ministério Público Estadual também será acionado para eventuais medidas judiciais cabíveis. De acordo com as Controladorias, a maior parte dos servidores podem ter recebido o pagamento indevidamente por conta de informações desatualizadas no Ministério da Cidadania.
Os pagamentos foram feitos a pessoas que estavam cadastradas no Cadúnico, que é o conjunto de informações sobre as famílias brasileiras em situação de pobreza e extrema pobreza que são usadas pelo governo federal, pelos Estados e pelos municípios para políticas públicas como o Bolsa Família.
![O prazo para gestores municipais responderem ao Censo Nacional das Unidades Básicas de Saúde (UBS) se encerra em 31 de julho. Atualmente, 231 UBSs em Mato Grosso do Sul ainda não responderam ao questionário, e outras 85 precisam completar a pesquisa.](https://atualnews.com.br/wp-content/uploads/2024/07/censo-das-ubs-mato-grosso-do-sul.webp)