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Sesau aponta superlotação nas unidades de urgência e emergência e ativa ‘Plano de Contingência’

A Secretaria Municipal de Saúde (Sesau) de Campo Grande informou na tarde desta segunda-feira (24) que ativou o Plano de Contingência para enfrentar a superlotação nas unidades de urgência e emergência da capital, que operam em estado de capacidade plena.

A medida foi divulgada horas depois de a Santa Casa de Campo Grande fechar as portas do hospital para o atendimento SUS. A instituição enfrenta uma das piores crises financeiras da história e alega não ter insumos e medicamentos para continuar com o atendimento, que ficou ainda mais comprometido devido à superlotação hospitalar.

Por sua vez, a prefeitura divulgou que busca minimizar os impactos do aumento expressivo na demanda por atendimentos, provocado principalmente pelo avanço de doenças respiratórias e pela procura de pacientes com quadros de baixa complexidade em unidades para atendimento mais especializado, como as Unidades de Pronto Atendimento (UPAs).

Ação semelhante foi implantada em abril do ano passado, há exatos 11 meses, quando em apenas um dia foram registrados 6,4 mil atendimentos nas unidades de saúde do município.

Desta vez, a Sesau não divulgou os dados sobre o total de pacientes que tem buscado atendimento médico nesta semana. A reportagem do Portal RCN67 já solicitou as informações e aguarda o retorno da Secretaria de Saúde.

Medidas imediatas

Entre as ações emergenciais adotadas pela Sesau estão a reorganização dos fluxos de atendimento, a ampliação de espaços físicos e a criação de novos pontos de cuidado, como áreas específicas para hidratação, inalação e observação rápida.

Equipes foram remanejadas e está previsto o envio da Equipe Móvel de Ação em Crise (Emac) para as unidades com maior demanda. Também estão sendo mapeadas áreas para expansão temporária de leitos e realizado o redirecionamento de pacientes entre unidades — com foco no atendimento pediátrico, que será concentrado nas unidades com escala infantil 24h.

A Sesau também pretende implantar a alta hospitalar com continuidade do tratamento em domicílio, por meio do Serviço de Atendimento Domiciliar (SAD), para pacientes que atenderem aos critérios clínicos.

Reforço na atenção primária

Para evitar a sobrecarga nas UPAs e hospitais, as unidades básicas de saúde atendem por demanda espontânea. A secretaria também intensificou as orientações à população para que, em casos leves, os pacientes procurem a atenção primária.

O Centro de Operações de Emergência (COE) está em monitoramento constante da situação, com reuniões periódicas para reavaliar o cenário e adotar medidas adicionais, se necessário.

A Prefeitura de Campo Grande reforçou que o atendimento segue priorizando casos graves, conforme a classificação de risco, e agradece o comprometimento dos profissionais de saúde e a compreensão da população diante da atual pressão sobre o sistema.