Na manhã desta sexta-feira (3), a prefeita Adriane Lopes convocou uma coletiva de imprensa para falar sobre o aumento do seu salário e de outros cargos na administração municipal. Ela anunciou que vai recorrer da decisão protocolada pela Mesa Diretora na Câmara Municipal que aumenta o seu salário de R$ 21.263,62 para R$ 41.845,48.
De acordo com Adriane, o projeto teve início, meio e fim no Poder Legislativo e não teve participação do Executivo. Ela considera justa a reivindicação de melhoria salarial dos servidores que há mais de 12 anos esperam por isso, mas se opõe ao aumento de seu próprio subsídio, tendo em vista a condição fiscal do município.
A prefeita ressalta que o mesmo impeditivo fiscal que existe para o aumento do reajuste da categoria da enfermagem e professores é o mesmo impeditivo que não permitiria o aumento de seu próprio salário. Ela afirma que está na prefeitura por uma missão e não pelo salário e que, tendo categorias com o salário vinculado, vai respeitar e buscar um consenso. No entanto, se a ação popular não embargar o seu salário, ela entrará com alguma medida.
O projeto protocolado pela Mesa Diretora na Câmara Municipal define o aumento no salário da prefeita em 96,78%, o equivalente a 32 salários-mínimos. Além disso, o salário do vice-prefeito sobe de R$ 15.947,03 para R$ 37.658,61, enquanto a remuneração dos secretários do primeiro escalão passa de R$ 11.619,70 para R$ 35.567,50, um reajuste de 206,10%. O subsídio mensal dos dirigentes de autarquias fica fixado no valor de R$ 35.567,50.
Na justificativa do projeto, o presidente da Câmara Municipal, vereador Carlão, afirmou que o último aumento no subsídio do prefeito condizente com a inflação ocorreu em 2012, na administração de Nelsinho Trad (PSD).
Foto: Marcelo Victor / Correio do Estado