Você já se perguntou como a regularização de ambulantes pode impactar a economia local? No Corredor Cultural da 14 de Julho, em Campo Grande, essa questão está em pauta. Recentemente, uma audiência pública discutiu a necessidade de cadastrar os vendedores ambulantes que atuam na área. Vamos explorar esse tema e entender as implicações dessa regularização.
A importância da regularização dos ambulantes
A regularização dos ambulantes é um assunto que gera debates acalorados. Os comerciantes da região central expressaram preocupações sobre a concorrência desleal. Rosane Nely de Lima, vice-presidente da Associação de Empresários e Comerciantes, destacou que os ambulantes não pagam impostos, o que permite que vendam produtos a preços mais baixos. Isso pode prejudicar os comerciantes que arcam com todas as suas obrigações fiscais.
Além disso, a presença de ambulantes tem impactado o consumo em bares e restaurantes. Os empresários afirmam que a concorrência está dificultando o pagamento das atrações musicais, que são essenciais para atrair público. Portanto, a regularização não é apenas uma questão de legalidade, mas também de justiça econômica.
Propostas para a regularização
Durante a audiência, o presidente da CDL, Adelaido Vila, enfatizou a necessidade de dar condições aos ambulantes para que possam se regularizar. Ele acredita que, ao regularizar sua situação, esses trabalhadores poderão se tornar proprietários de seus próprios negócios no futuro. Essa visão é compartilhada por outros vereadores, como o Prof. André Luís, que defendeu que os ambulantes têm direitos e deveres, incluindo o pagamento de taxas.
A vereadora Luiza Ribeiro também ressaltou a importância dos ambulantes para a economia local. Ela acredita que é fundamental coordenar os interesses de todos os envolvidos, garantindo que os ambulantes sejam reconhecidos como parte importante do comércio da cidade.
Desafios e soluções para o Corredor Cultural
O Corredor Cultural da 14 de Julho não é apenas um espaço de comércio, mas também um ponto de encontro para lazer e cultura. O vereador Ronilço Guerreiro destacou a necessidade de garantir uma estrutura adequada para a população. Isso inclui melhorias na organização do trânsito e na infraestrutura do local.
Um dos desafios discutidos foi o fechamento da Rua 14 de Julho, que, embora tenha aumentado o número de frequentadores, também trouxe problemas de segurança. A secretária Municipal de Cultura e Turismo, Mara Gurgel, mencionou que a demanda dos comerciantes levou à reabertura da rua, mas que isso exigiria uma estrutura maior para garantir a segurança de todos.
Além disso, muitos ambulantes, como Matheus Lima, relataram dificuldades em se regularizar. Ele, que já é MEI, questiona por que não pode exercer sua função de forma legal. Essa situação evidencia a necessidade de um sistema que facilite a regularização dos ambulantes, garantindo dignidade e oportunidades para esses trabalhadores.
Conclusão
A regularização de ambulantes no Corredor Cultural da 14 de Julho é um tema complexo que envolve questões econômicas, sociais e legais. É essencial encontrar um equilíbrio que beneficie tanto os comerciantes quanto os ambulantes. A audiência pública foi um passo importante para discutir essas questões e buscar soluções que promovam um ambiente mais justo e organizado. Espero que possamos ver avanços nesse sentido em breve.
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