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Voo Bonito-Congonhas é resultado dos investimentos do Estado e fomento ao turismo

A conquista de Mato Grosso do Sul de um voo direto entre Bonito, maior destino de ecoturismo do Brasil, e São Paulo, principal centro emissor de turismo, é resultado dos investimentos do Governo do Estado no município, em especial a reforma do aeroporto local, os acessos rodoviários e as ações da Fundação de Turismo (Fundtur/MS) na captação de novas companhias aéreas e promoção e comercialização dos atrativos regionais.

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Bonito integra a segunda rota aérea 100% carbono neutro: passageiros do voo inaugural receberam certificados

A chegada do voo G3 1492 da Gol, de Congonhas para Bonito, na quinta-feira (2/12), inaugurando a nova rota – a primeira lançada pela empresa desde dezembro de 2019 -, foi um marco para o turismo e a materialização da presença do governo estadual na região. Somente no município são investidos mais de R$ 170 milhões em obras estruturantes, como a pavimentação de rodovias, e nas demais áreas prioritárias (saneamento, saúde e educação).

A destinação de recursos para operacionalizar e modernizar o aeroporto de Bonito, segundo o prefeito Josmail Rodrigues, foi o grande passo para a retomada dos voos para o destino, ainda antes da pandemia do coronavírus. “Só temos a agradecer ao governador Reinaldo Azambuja e ao secretário Eduardo Riedel (Infraestrutura) pelo novo padrão do nosso aeroporto e pelos investimentos no município. É um governo parceiro de Bonito”, disse.

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Chegada da Gol criou um novo cenário de fluxo para o destino, que deve crescer em torno de 10% e voltar ao patamar de 2019

Segurança operacional

O aeroporto de Bonito está sob a administração do Estado desde junho de 2017, após rompimento do contrato de concessão a uma empresa privada. A gestão, operacionalização e manutenção é de responsabilidade da Secretaria de Infraestrutura, por meio da Superintendência Viária. A intervenção administrativa do Estado foi fundamental para manter o aeroporto em operação e captar recurso federais para adequações na pista e no terminal.

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Papi, equipamento de segurança de pouso: investimento de R$ 2 milhões

Hoje, o aeródromo é um dos únicos no Brasil com certificação da Anac (Agência Nacional de Aviação Civil), sem restrições para operar qualquer tipo de aeronave de grande porte, conforme portaria publicada esta semana. Nos últimos anos, cerca de R$ 10 milhões (recursos estaduais e federais) foram aplicados na reforma, adequações e em segurança, com a implantação de equipamentos de precisão de aproximação (Papi).

A reestruturação no aeroporto coordenada pela Superintendência Viária inclui, além dos equipamentos de auxilio visual à navegação aérea, obras de ampliação da seção de controle a incêndios, reforma do terminal de passageiros, em andamento, estação meteorológica e recapeamento da pista. “É um dos poucos aeroportos regionais no Brasil com a estrutura hoje instalada”, afirma Derick Machado, superintendente de aeroportos.

“Os investimentos foram essenciais para fomento ao nosso turismo”, afirma o governador Reinaldo Azambuja. “Se não fosse a parceria da Secretaria de Aviação Civil, estaríamos praticamente com a interdição do aeroporto. Isso criaria um problema enorme no fluxo de turistas para a região. Turismo é emprego, movimentação econômica, geração de oportunidades, e estamos ampliando o número de voos para Bonito”, acrescenta.

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Aeroporto de Bonito recebeu mais de R$ 10 milhões em investimentos: o único na categoria regional a receber aeronaves de grande porte. Foto: Edemir Rodrigues

Novos voos em 2022

O diretor-presidente da Fundtur/MS, Bruno Wendling, cita também a criação do programa de captação de novos voos por meio da redução da alíquota do querosene, o Decola/MS, lançado em junho de 2019, como fator preponderante para a atração das companhias aéreas para os principais destinos do Estado. “O voo Bonito-Congonhas é um divisor de águas, um marco realmente na questão dos acessos ao destino conectado ao principal mercado emissor”, frisa.

Segundo Wendling, o Estado contribuiu decisivamente para superar um gargalo histórico, que era a questão da logística. Hoje, o turista viaja apenas 1h40 de Congonhas a Bonito, fator que, na sua avaliação, irá abrir uma nova possibilidade de fluxo. “O fácil acesso qualifica o destino, vai trazer o turista que gasta mais, é o mais exigente, porém, será atraído pela facilidade. A chegada da Gol também gera concorrência e melhora a competitividade”, complementa.

A ampliação dos voos para Bonito deve se tornar realidade ainda no primeiro trimestre de 2022. A Azul, que hoje mantém cinco voos semanais, já deu sinais de operar todos os dias no mês. Durante o voo inaugural, o diretor o Centro de Controle de Operações e Engenharia da Gol, Eduardo Calderon, anunciou que a companhia tem planos de criar novas frequências com o destino. “Nossa presença aqui vai crescer substancialmente”, antecipa.